O Marinheiro

     "Ah, é agora, é agora...Sim, acordou alguém... Há gente que acorda...Quando entrar alguém tudo isto acabará... Até lá façamos por crer que todo este horror foi um longo sono que fomos dormindo...É dia já...Vai acabar tudo...E de tudo isto fica. minha irmã, que só vós sois feliz, porque acreditais no sonho..."

    É interessante esta citação de uma das veladoras no fim do conto. Elas acabaram de ter uma noite cheio de ideías e pensamentos profundos e misteriosos. Esta citação demonstra a profundidade da peça. Elas realmente estão no quarto com o corpo? Ou elas são uma imaginação ou num outro realidade? Ela, a veladora, sente ansiosa para o amanhecer porque ela realmente é uma personagem numa peça, ela não é real e não quer que o sol nasce porque sua inexistência será exposto. 

     Uma coisas sabemos com certeza. Que esta veladora acha melhor acreditar nos sonhos. Ela fala que a outra irmã é mais feliz por acreditar nestas coisas. Eu não sei todas as coisas do universo ou todos os fatos, mas eu não concordo com ela. Às vezes na vida é difícil distinguir entre realidade e sonho, mas sempre, igual na peça com o amanhecer, o sonho ou o falso será entendido. Sempre iremos saber o que é real e o que é falso e não é preciso ficar pensando no que é real. O sol sempre nascerá e saberemos as coisas fixas.

A Cruz

"Rosa: Bem feito. Você não quis botar almofadinhas, como eu disse.
Zé: Não era direito. Quando eu fiz a promessa, não falei em almofadinhas.
Rosa: Então: se não falou, podia ter botado; a santa não ia dizer nada.
Zé: Não era direito. Eu prometi trazer a cruz nas costas, como Jesus. E Jesus não usou almofadinhas.
Rosa: Não usou porque não deixaram.
Zé: Não, nesse negócio de milagres, é preciso ser honesto."

     Eu fiquei impresionado com Zé neste parte da hístoria. Eu também acho um pouco ridículo que o Zé fica tão absorvido com essa  promessa. Eu não ia fazer a mesma coisa que o Zé faz. Eu seria mais como a Rosa. Mas por alguma razão eu gosto muito da dedicação dele.
     Neste mundo precisamos mais pessoas como Zé. Talvez não exatamente como ele, mas tem a mesma dedicação que ele tem. Estavamos discutindo nesta semana como cada pessoa tem a necessidade de pagar nossas próprias promessas. Para Zé, é levar um a cruz até a igreja da Santa Barbara, mas para o outro podia ser praticar um esporte ou um talento por muitas horas. Ou uma pessoa que se dedica para realizar uma idéia ou sonho. Seja qual for, precisamos mais pessoas assim que são auto-motivados e dedicados para melhorar se mesmos e o mundo.

Onde Estou

"Não me procureis
nos grandes salões
     onde não estou
          onde não posso
                    estar...

...Porquê
pois
procurar-me na Glória de Beethoven

se eu estou aqui...

...soma consciente e firme
dos homens
que compuseram o poema

da vida contra a morte

do fim da noite

     e do começo do dia."

Este poema realmente, para mim, demonstra o dor e sofrimento que os escravos sentiram e também o dor e sofrimento de todas as pessoas negras depois da escravidão com o racismo. Os escravos tiveram uma cultura rica e única. Como o poema disse, não procura a hístoria dos escravos nos "grandes salões" ou em outro lugares que não foram permitidos de ir ou entrar. A hístoria dos escravos é tão diferente e interessante por causa disso. Eu acho que o poema explica perfeitamente o dor que sentem por causa desta incapacidade de participar nas grandes coisas de hístoria.
Eu gosto poesia quando estiver escrito assim. Assim, para mim, mostra emoção de verdade. Eu senti mais emoção e persuasão neste poema do que em qualquer outro neste semestre. É óbvio que o autor foi pessoalmente ligado com o assunto e este conexão fez o poema cem vezes melhor.

O Poeta É Um Fingidor

"E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão
Ésse comboio de corda
Que se chama o coração"
                                   -- Fernando Pessoa

     Eu gostei muito deste poema. Começa explicando como é que os poetas fingem emoção em suas obras. Muitas pessoas acham que poesia é verdadeira e não tem ficção. Mas neste poema, escrito por um poeta, sugere que o poetas não estão escrevendo o que realmente sentem.
     Nesta citação, fala que nós, como os leitores são guiados ou manipulados para sentir uma coisa. Fala que nosso coração fica em calhas de roda e a corda da poesia vai levando o coração para sentir o que está  escrito. Isso aqui, para mim, é a melhor coisa com respeito da poesia. Que o poeta nem precisa sentir a emoção que está tentando expressar, e de modo eficaz, eles nós levam a sentir o que talvez não sentiríamos sem o poema. Acho um pouco engraçado também, porque talvez nós temos um poeta preferido por causa dos sentimentos que sentimos na leitura de sua poesia, mas é possível que ele nem sente assim e só expressa o sentimento atraves da poesia. O poeta é um fingidor.