As crônicas da Clarice Lispector me impressionaram muito. A crônica é um tipo de literatura muito interessante e profundo para mim. Especialmente as crônicas, "O Milagre das Folhas" e "Medo da Eternidade".
"Um dia uma folha me bateu nos cílios. Achei Deus de uma grande delicadeza." (135)
"Comecei a mastigar e em breve tinha na boca aquele puxa-puxa cizento de borracha que não tinha gosto de nada. Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita. Na verdade eu não estava gostando do gosto. E a vantagem de ser bala eterna me enchia de uma espécie de medo, como se tem diante da idéia de eternidade ou de infinito." (136)
Esse tipo de escrito, para mim, demonstra mais talento como um autor do que escrever página depois página de palavras. Clarice Lispector pega uma idéia perfeitamente simples e trivial e ela descreve de um jeito incomporável e com poucas palavras. É verdade, podemos fazer parte de um acontecimento normal e entendermos de uma forma differente e profundo. Muitas vezes passamos por todo dia e não aproveitamos as grandes lições encontrados em todas as coisas. É uma forma de egoísmo quando vivermos todo dia somente pensando superficialmente nas coisas. A beleza real é encontrado depois de muita obeservação e reflexão. Tudo nesse mundo pode nos ensinar algo vantajoso, até as folhas e o chiclete.
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